quinta-feira, 28 de maio de 2015

Menos faltas no trabalho

Má alimentação prejudica produtividade dos funcionários
Indisposições estomacais e sonolência após o almoço estão entre os problemas que tiram a concentração dos colaboradores. Veja o que fazer
A alimentação tem papel fundamental no rendimento dos funcionários de uma empresa. Essa é a principal conclusão de um estudo da Alelo, empresa fornecedora de cartões-benefícios, em parceria com o Conectaí, braço online do Ibope. A pesquisa, feita com 2.131 pessoas, de 24 a 60 anos, em diferentes capitais, mostra que 42% dos trabalhadores que recebem vale-refeição sentem-se indispostos após o almoço. Sensações como azia e queimação são relatadas por eles, e a consequência é a perda de foco e concentração no trabalho.
A causa desse mal estar é a dieta desequilibrada e cheia de alimentos “pesados”. “Geralmente, restaurantes comerciais oferecem buffet com opções nada saudáveis. A fritura, por exemplo, irrita o estômago e pode gerar indisposição, além de refluxo”, garante Débora Peluffo, nutricionista da Íntegra Consultoria de Nutrição, que atua com orientação nutricional junto às empresas. “O pastel, que combina fritura com carboidrato, está presente em inúmeros restaurantes, e é ainda mais danoso.”
Não é por acaso que apenas 7% dos entrevistados priorizam o aspecto saudável em suas refeições, segundo o estudo.
A quantidade de comida ingerida também influencia no rendimento dos trabalhadores após o almoço. “Depois da refeição, a circulação é direcionada para o sistema digestivo, e o cérebro fica menos irrigado, o que causa sonolência. Quando comemos muito, esse efeito é ainda maior”, diz a nutricionista.
Menos faltas no trabalho
O ideal para que os colaboradores rendam mais é incentivá-los a comer em quantidades equilibradas e privilegiando verduras e legumes. “São alimentos leves, nutritivos, de fácil digestão, e com vitaminas e minerais que ajudam no funcionamento das células cerebrais. Eles deveriam ocupar metade do prato”, defende Débora, que também recomenda a ingestão diária de frutas.
Segundo outro estudo, esse da universidade norte-americana Brigham Young University, as pessoas que raramente comem vegetais, frutas e alimentos "magros" têm 93% mais chances de apresentar baixa produtividade no trabalho em relação aos que se alimentam melhor.
Segundo a nutricionista, é importante incentivar a boa alimentação em todos os momentos do dia, não só no almoço. “Um bom café da manhã, por exemplo, é fundamental para garantir energia”, explica.
Os ganhos não são apenas na produtividade, mas também na diminuição de visitas a médicos, laboratórios, fisioterapeutas, etc. Afinal, uma alimentação equilibrada evita doenças como hipertensão, diabetes, obesidade, além de problemas articulares (em função do sobrepeso). As dificuldades dos funcionários relacionadas à saúde, de acordo com o estudo da Brigham Young University, respondem em média por 77% de toda a perda de produtividade de uma empresa americana.
No Brasil, a situação não é diferente. Segundo o Ministério da Saúde, 51% dos brasileiros estavam acima do peso em 2013. E os brasileiros consomem bem mais açúcar e sódio do que os níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde.
Como a empresa pode ajudar?
Sem um refeitório para os funcionários, fica difícil para as empresas controlarem a alimentação de sua equipe. Mas há diversas ações que os empregadores podem adotar para incentivar seu pessoal a ter uma vida mais saudável e produtiva. A nutricionista Débora Peluffo faz algumas sugestões:
Estender o horário do almoço de 1 hora para 1,5 hora: “Isso é o ideal para que o sangue volte a ser melhor distribuído no corpo”, afirma Débora
Convênios com restaurantes saudáveis: Vale a pena fazer acordos que envolvam descontos aos funcionários
Descontos em alimentos saudáveis vendidos na loja: “Além do fator nutricional, gera admiração pela empresa”, destaca a nutricionista
Consultoria em nutrição: Convidar especialistas para orientar os colaboradores sobre dietas saudáveis e problemas gerados pela má alimentação
Distribuição de cartilhas "saúde": Elas devem trazer dicas sobre nutrição e riscos provocados pelo consumo excessivo de açúcar, sal, frituras, álcool, além de receitas menos calóricas e menos gordurosas
Estipular um horário para o lanche: Ficar muito tempo sem se alimentar também derruba a produtividade. No meio da manhã e da tarde, convém dar um intervalo de 15 minutos para que os funcionários façam um pequeno lanche
Disponibilizar frutas: elas são baratas e nutritivas. Deixe algumas disponíveis para as pessoas comerem durante o trabalho
Por Rafael Faustino

terça-feira, 26 de maio de 2015

Estoque virtual

Você acha que a ruptura é o grande problema de sua empresa? Pois saiba que existe um outro ainda pior. Ele consome seu faturamento, mascara problemas sérios, contamina a equipe com práticas insensatas e tira a paciência da clientel
De um total de R$ 9,6 bilhões perdidos pelo varejo com itens que deixam de ser vendidos, R$ 6,7 bilhões correspondem a prejuízos gerados por estoque virtual. Os dados são da Neogrid, empresa especializada em soluções para a gestão de abastecimento. Segundo seus estudos, o percentual de itens atingidos pelo problema alcança 18%. Numa loja com 25 mil SKUs, cerca de 4,5 mil aparecem no sistema, mas não estão presentes no estoque. O problema é mais grave do que a ruptura, cujo percentual apurado pela Neogrid é de 8% dos produtos.
“O problema é identificar o estoque virtual, já que resulta de quebras, furtos e ‘degustações’ indevidas. Se o supermercado não fizer um acompanhamento adequado, é provável que depare com o problema apenas no momento do inventário. Dependendo da categoria e do processo adotado, isso pode demorar cerca de três meses ou até mais.
"A recomendação é fazer o sistema de gestão produzir relatórios que deem alertas sobre os produtos que estão sem vendas há mais dias do que o seu giro médio", diz Claudia Fajuri, gerente comercial da Neogrid.
"A empresa deverá, então, procurar o produto, e, caso ele não esteja mesmo presente, entrar no software e zerar a quantidade", alerta. Esse acerto no sistema é muito importante. Segundo Claudia, quando o produto deixa de ser vendido, os programas que disparam o pedido de compra recalculam automaticamente a demanda, alterando o ponto de reposição. "Nesse caso, o sistema deixa de disparar um novo pedido porque o item ainda consta em estoque. Se o SKU, entretanto, é zerado no sistema, o pedido de compra é enviado ao fornecedor", diz. Conforme as vendas vão acontecendo, novos pontos de pedido vão sendo recalculados, conforme o giro, que tende a ser maior nos primeiros dias após o acerto, devido à demanda reprimida. Aos poucos, as vendas normalizam, fazendo com que o parâmetro de compras volte ao nível anterior à ocorrência do estoque virtual. A executiva da Neogrid ressalta que o combate ao estoque virtual gera resultados muito bons. Ela cita um projeto realizado em seis unidades de uma grande rede supermercadista, envolvendo dez indústrias. Durante 15 dias, os promotores receberam alertas de itens sem vendas, que superaram o período médio de giro. Na busca por cada um deles, os profissionais confirmaram 4.000 casos de estoque virtual, que foram corrigidos no sistema. Com isso, as lojas registraram alta média de 90% nas vendas dos itens atingidos.
Principais causas
O estoque virtual tem várias origens.Analise todas em sua loja
» Inventários mal feitos
» Furtos
» Mercadorias “degustadas” pelo cliente sem pagar
» Produtos estragados/danificados
» Processo errado de leitura de código de barras no checkout*
» Uso de produtos da loja pela padaria, confeitaria, etc.
* Quando a operadora passa o código de barras de um tipo de gelatina pelo leitor e digita a
quantidade manualmente, sendo que o consumidor está levando sabores diferentes. Isso pode causar
estoque virtual de algumas versões
Resistência atravanca mudanças
Com receio de prejudicar resultados, funcionários preferem deixar tudo como está
Ao receber de um fornecedor a proposta de um projeto de combate ao estoque virtual, o presidente de uma grande rede não acreditou nas dificuldades para corrigir o problema em suas lojas. Ele foi convidado, então, a ir pessoalmente a uma das filiais, onde já se sabia da existência de itens em estoque virtual e era preciso resolver o problema, para evitar mais perdas nas vendas.
O executivo da rede acompanhou o fornecedor e presenciou a conversa entre ele e o supervisor da área. Sem reconhecer o presidente da companhia, o funcionário se negou a zerar o item no software de gestão. A justificativa: ao fazer isso, o item entraria como quebra, o que prejudicaria o resultado da loja, colocando o faturamento abaixo da meta estabelecida pela matriz. A história é real e é narrada por Rodrigo Leão, diretor da Trade Force, empresa especializada na integração e processamento de informações via smartphone. No final, o presidente da rede chamou o diretor da loja, que assumiu a responsabilidade, dizendo que não alterar o sistema era uma orientação dele. A empresa então viu a necessidade de iniciar rapidamente um amplo programa de combate ao estoque virtual, com a conscientização das equipes de que a receita se torna muito maior com o controle do problema. "Isso foi importante e gerou bons resultados, porque a orientação partiu de cima, de quem comanda a organização", acrescenta Leão. Rever as metas também pode ajudar. Desde o ano passado, a Coop incluiu a queda de estoque virtual entre os indicadores que compõem o Programa de Participação nos Lucros e Resultados dos gerentes de loja. O PLR prevê ganho extra de até 1,5 salário, dependendo das metas alcançadas", conta Rogério Lopes, gerente de supply chain da empresa. "Para não sobrecarregar os profissionais, eliminamos dessa remuneração o indicador de perdas, pois esse problema já está bem encaminhado em nossas filiais", explica. A rede também realizou treinamentos voltados ao combate do estoque virtual com os gerentes e encarregados de loja. Afinal, a responsabilidade deve ser compartilhada.
“Diariamente, disponibilizamos a relação dos itens sem venda na intranet. Cabe a cada filial checar as presenças e justificar as ausências para a equipe de gestão de estoques, responsável por corrigir os erros no sistema”, diz Rogério Lopes, gerente de supply chain. “Essa área tem a opção de inserir pedidos manuais, o que ajuda a evitar distorções no ponto de disparo de novas compras, além de recompor os parâmetros de reposição rapidamente”, explica. A rede Princesa, 19 lojas, também melhorou seus indicadores, depois de ter constatado nos inventários que a ruptura, de 8% a 9%, subia para 20% a 30%. “Entendemos que era problema de estoque virtual e fomos às lojas conversar com os envolvidos em todo o processo”, conta Alexandre Gusmão, gestor de categorias. “Percebemos que a maior parte dos problemas estava no uso de produtos das lojas na rotisseria, padaria, confeitaria e até refeitório dos funcionários. O pessoal do preparo pegava os produtos nas prateleiras sem dar baixa no sistema”, explica Gusmão. Agora um profissional de cada unidade separa os ingredientes para a retaguarda, dando baixa no estoque da loja e inserindo os itens no estoque dos setores de preparo. A iniciativa, somada ao acompanhamento diário dos alertas de estoque virtual, ajudou a reduzir o problema. “O índice de ruptura, que subia para 20% por causa do estoque virtual, hoje não passa de 12%”, diz Gusmão.
Por Alessandra Morita

Como vender mais alimentos integrais

Duplicar exposição e comunicar benefícios à saúde podem incentivar o consumo desses produtos que, em muitos casos, oferecem uma boa margem líquida de lucro
Em 2014, o tíquete médio de compra de alimentos e bebidas saudáveis subiu 13,5% no ano passado, segundo pesquisa da consultoria Nielsen. Entre esses produtos um dos segmentos mais populares é o de produtos integrais. Hoje, já é possível encontrar nas prateleiras dos supermercados de massas e arroz integrais a biscoitos e pães. O supermercadista pode – e deve – incentivar a compra desses produtos que, em muitos casos, oferecem uma boa margem líquida de lucro. Só no caso do arroz integral, por exemplo, o percentual gira em torno de 25%. Para vender os produtos integrais, veja as dicas de Luiz Eduardo Borges, diretor de gerenciamento por categorias da consultoria ToolBoxTM.
1) Informar os benefícios dos integrais ao consumidor
Para Borges, a principal dificuldade para elevar as vendas de integrais é a falta de conhecimento do consumidor sobre os benefícios à saúde. Isso desestimula a compra quando o shopper compara o preço com as versões normais. O diretor de gerenciamento por categorias da ToolBoxTM recomenda utilizar a mídia para divulgar as vantagens desses alimentos ao organismo. “Já no ponto de venda, o ideal é utilizar degustação e material de comunicação como suporte a essa divulgação”, diz ele.
2) Expor na gôndola natural
O executivo não recomenda expor esses produtos apenas na seção de itens saudáveis. Segundo ele, essa prática faz com que sejam vistos como produtos de nicho. O ideal é expor também no mesmo corredor onde ficam suas versões tradicionais. Por exemplo: o pão integral junto com a versão normal. “Em algumas lojas, a venda de pão integral já é maior, pois são vistos como uma opção pelos shoppers que querem ter uma alimentação saudável”, diz Borges. “Outro benefício de fazer a exposição dessa maneira é que reforça a ideia de que a loja não oferece apenas a ‘commodity’, mas também itens diferenciados”. Quando as categorias ficam numa seção especial, se o consumidor não está habituado a frequentá-la pode ocorrer de ele nem ficar sabendo que a loja trabalha com esses produtos.
3) Comece com itens de maior giro
Para quem ainda não trabalha com integrais, o diretor da ToolBoxTM sugere introduzir inicialmente o segmento em categorias de maior giro, como arroz e açúcar, além de alguns cereais matinais. O ideal é começar com um mix pequeno, identificando a presença deles na gôndola e ressaltando suas vantagens à saúde. Lojas que possuem uma seção de alimentos saudáveis devem ter uma boa comunicação visual para chamar a atenção. Dessa forma, acredita Borges, o consumidor acaba conhecendo todo o mix de integrais oferecidos pelo supermercado, impulsionando assim as vendas em diversas categorias.
Por Patrícia Roque

sábado, 23 de maio de 2015

Em dois anos, Brasil deve ser segundo no mercado de higiene e beleza

FICA A DICA...UM NICHO A EXPLORAR....
Em dois anos, Brasil deve ser segundo no mercado de higiene e beleza
Aumento do número de mulheres que trabalham fora ajuda a impulsionar as vendas desse setor, diz Duda Kertész, presidente da divisão de Consumo da Johnson & Johnson no País
“Hoje, o Brasil é o terceiro mercado do mundo e já seríamos o segundo se não fosse a desvalorização cambial dos últimos dois anos. Mas é previsto que ocupemos a segunda posição em 2017”, afirmou Duda Kertész, presidente da divisão de Consumo da Johnson & Johnson, durante palestra no 1º Seminário Mulheres Líderes, promovido pelo LIDE (Grupo de Líderes Empresariais), em São Paulo.“O curioso é que um país como a Índia, mais populoso que o Brasil, levará 10 anos para chegar à posição que hoje o Brasil já detém”, disse a executiva.
NOTÍCIAS RELACIONADAS
Hypermarcas pode vender divisão de fraldas por cerca de R$ 2 bilhões
Protetor solar e itens infantis puxam crescimento do mercado de higiene e beleza
Produtos masculinos representam 10% do consumo nacional
Xampus e colônias devem ficar fora de nova cobrança do IPI
Dólar valorizado afeta desempenho da P&G
Um dos fatores que contribui para a vice-liderança ser alcançada é o aumento da mulher no mercado de trabalho. “Em 17 anos a participação saltou de 39% para 60%. Esse crescimento impulsiona o mercado da beleza. Antes, a mulher se conformava em ser objeto e hoje ela quer ser sujeito. Participa do mercado de trabalho, tem independência e poder de decisão de compra em 80% dos casos”, reforça Duda. “Em 38% dos lares, a renda delas é a principal da casa. Elas formam o nosso maior target e temos pesquisas para identificar o que elas esperam dos produtos de higiene e beleza”, esclareceu.
Duda Kertész também apontou que existe uma diferença fundamental da brasileira em relação às mulheres em mercados desenvolvidos. “Assumimos que a beleza é importante”, finalizou a execut
Por Redação SM

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Contabilizar mercadorias bonificadas como descontos pode reduzir impostos

A medida pode favorecer o varejo a partir de julho, quando não haverá mais embasamento legal para não pagar PIS e Cofins que incidem se os produtos bonificados forem contabilizados como receita
No varejo alimentar, a forma mais comum de contabilizar as bonificações de fornecedores em forma de mercadoria é considerando-as receita. Mas é possível reduzir o pagamento de impostos se elas forem contabilizadas como descontos comerciais. Quem explica é Marcos de Carvalho Pagliaro, sócio da Fagundes Pagliaro Advogados. Segundo o especialista, a iniciativa tem embasamento legal.
A Receita Federal, no entanto, ainda entende que a bonificação em mercadoria precisa ser tratada pelas varejistas como receita, pois assim o fisco tem a chance de recolher tributos, como PIS e Cofins. “Mesmo assim, algumas empresas se valem da alíquota zero das contribuições previstas no Decreto nº. 5.442/2005, e conseguem se eximir dessas cobranças”, explica Pagliaro.
Mas, a partir de 01/07/2015, a possibilidade de isenção estará revogada, conforme consta do Decreto nº. 8.426/2015, já publicado. De acordo com a nova medida, as receitas financeiras de pessoas jurídicas sujeitas ao regime não-cumulativo de PIS e Cofins serão efetivamente tributadas. “Com isso, os contribuintes que contabilizam as bonificações em mercadoria como receita, não terão mais artifícios legais para evitar a cobrança desses impostos. Ou seja, terão mais gastos”, ressalta o especialista.
Ainda de acordo com Marcos Pagliaro, esse entendimento do fisco em torno das bonificações já é alvo de contestações por parte das empresas de varejo. “Os resultados têm sido favoráveis a esses contribuintes”, afirma. Isso acontece porque há respaldo na nova redação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis nº 16, onde consta que os descontos negociados com fornecedores devem ser reconhecidos no custo de aquisição, ou seja, contabilizados como conta redutora de estoque.
Além disso, há ainda precedente do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) que favorece essa forma de contabilização. O CARF entende como descontos comerciais negociações entre fornecedor e varejo, que envolvam bonificação em todas as mercadorias comercializadas na loja. Segundo Pagliaro, esses são respaldos legais para as empresas se defenderem de arbitrariedades e questionamentos por parte do fisco.
Por Viviane Sousa

No Brasil, 61% das compras são planejadas pelo shopper

Pesquisa da Nielsen também aponta que apenas 17% das compras são realizadas por impulso
A maioria dos shoppers brasileiros (61%) planeja as compras, segundo estudo "A hora certa de ativar o shopper", realizado pela Nielsen globalmente e que também traz dados do Brasil. O levantamento identificou que 17% das compras são por impulso e 22% das vezes a pessoa sabia que precisava do produto, mas só se lembrou no ponto de venda.
Outra constatação é de que, no País, 70% das compras ainda são de abastecimento ou reposição. Compras para preparar uma refeição ou de emergência correspondem, cada uma, a 7% do total.
A Nielsen lembra que, dependendo da missão de compra, o shopper pode dar mais preferência à conveniência, variedade, qualidade, experiência, preços baixos, promoções, lançamentos ou vários outros.“Variedade e promoções ainda são os principais fatores de escolha dos canais para os brasileiros”, afirma Stephanie Biglia, analista de mercado da Nielsen. Juntos, esses dois atributos foram citados por 39% dos shoppers. Já conveniência fica com 18% e preço baixo com 14%.
Autonomia na hora da compra
Considerando 54 categorias estudadas pela Nielsen, em 52% das vezes a decisão é toda dos shoppers na escolha de qual produto específico comprar, mas em 36% eles compram principalmente para satisfazer outras pessoas. Já em 12% dos casos, os shoppers têm parte da responsabilidade, mas consideram o desejo de outras pessoas na decisão.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Consumidor muda de hábitos. Veja o que fazer

A atual conjuntura econômica tem feito o cliente alterar o comportamento de compras. Isso exige ações rápidas dos supermercados
Em ano de economia fraca, maior pressão de custos e queda do consumo, é preciso intensificar a busca por estratégias que garantam a preferência do consumidor. Quando isso acontece, o supermercado ganha em competitividade. Para isso, o varejista deve ficar atento às mudanças no comportamento do consumidor. Levantamento feito pela Kantar Worldpanel, divulgado durante a Feira da Apas (Associação Paulista de Supermercados), no início deste mês, indicou algumas alterações nos hábitos de compra.
Segundo Flávia Amado, gerente de Shopper & Retail Insight Latam, as ofertas e promoções, por exemplo, têm impactado muito a decisão de compra (62% dos consumidores apontam esse quesito na hora das escolhas). Outro fator importante é limpeza/organização, apontado por 45%; bons preços sempre, com 43%; produtos de qualidade, 39%; e confiança no ponto de venda, 37%. Além disso, 66% dos consumidores afirmam privilegiar o fácil acesso a informações no ponto de venda sobre os produtos. Já 44% querem provar os produtos antes da compra e 42% estão constantemente em busca de novidades. Com base nessas informações, o varejista deve tomar alguns cuidados e adotar iniciativas que ajudarão a vender mais e elevar a lucratividade. Veja como:
Experimentação de produtos
- O supermercadista pode explorar as parcerias com fornecedores, especialmente quando novos produtos são lançados
- Datas sazonais também são bons momentos para negociar degustação de alimentos e bebidas ou distribuição de amostrar, para itens de outros departamentos. Por exemplo: o dia dos namorados pode ser um bom momento para promover alguns tipos de chocolates ou mesmo itens da perfumaria masculinos e femininos
- Mas é possível também trabalhar sem a ajuda de fornecedores. Em áreas de produção própria da loja, é possível realizar degustação de pães, doces ou pratos para incentivar a compra
Limpeza e organização
- Loja limpa, além de agradar o cliente e transmitir credibilidade, evita problemas com a Vigilância Sanitária. Distribua, para o pessoal da limpeza, um check list de tarefas diárias para nenhum setor ser esquecido, seja na área de vendas ou na retaguarda
- Faça o mesmo com os repositores em relação à exposição das mercadorias em gôndola. A ideia é garantir que os planogramas de exposição sejam seguidos para facilitar ao cliente encontrar aquilo que está procurando. Caso contrário, perde-se vendas
Informações sobre produtos
- O supermercadista pode divulgar as principais características de alguns produtos do sortimento. Custa pouco e o retorno pode ser interessante. Entre os produtos que podem ser alvo da iniciativa estão os recém-lançados, ainda pouco conhecidos do público, itens menos conhecidos do mix ou que tenham algum apelo diferenciado e podem gerar boa imagem para a loja além de elevar a margem de lucro
- Nesses casos, é possível divulgar, por exemplo, dados nutricionais, benefícios à saúde, origem, características que os diferenciam dos demais itens da categoria, se conta com ingredientes ou preparo mais elaborado
- Outras informações são receitas, indicação do melhor momento para o consumo e harmonização com bebidas no caso de alimentos. Esses dados podem estar em cartazes, painéis e até dispositivos eletrônicos negociados com fornecedores
Promoções ao cliente
- Os supermercados brasileiros já trabalham bastante com ações promocionais. Nesse quesito, o mais importante é tomar alguns cuidados para não perder rentabilidade
- Um primeiro cuidado é não realizar promoções em excesso. Estudo da R-Dias, assessoria para o varejo, constatou que quase a metade das vendas de um supermercado vem de produtos em oferta, quando o ideal é um índice médio de 15%. Afinal, como afirma Alexandre Ribeiro, diretor da consultoria, ofertas demais prejudicam a percepção de preços do consumidor. Ou seja, ele já não consegue definir o que é promoção do preço normal
- Alguns erros comuns devem ser evitados, como aceitar uma condição especial do fornecedor mediante a compra de grande volume. Se não houver demanda, o produto ficará empatado no estoque, prejudicando o fluxo de caixa da empresa
- Outro equívoco é realizar a promoção de um produto sem analisar o impacto que ela terá nos demais itens da categoria. Isso é importante, pois se houver canibalização, o resultado final poderá ser de queda nas vendas da categoria como um todo

Esses são alguns pontos que precisam ser monitorados pelo supermercadista num momento em que o cliente muda de hábitos para readaptar seu orçamento. Ao entender o que o consumidor precisa, o varejista pode definir as estratégias corretas
Por Viviane Sousa viviane.sousa@sm.com.br -

terça-feira, 19 de maio de 2015

Brasileiro troca de loja, mas não quer mudar de marca

Pesquisa com 6 mil consumidores também aponta que, para controlar gastos, 56% fazem lista de compras
O preço é decisivo quando a crise aperta, mas não é o único fator considerado pelo brasileiro na hora da compra. Menos impulsivo, o consumidor quer manter as marcas habituais e, para isso, está disposto a pesquisar mais, ir a redes mais distantes e substituir as idas semanais ao supermercado por visitas mensais.
Pesquisa da agência de publicidade Nova/sb com 6 mil entrevistados no País entre março e abril aponta que 77% deles pretendem mudar sua conduta devido ao momento econômico. Para gastar menos, 53% fazem listas, 41% pedem desconto ou negociam condições de pagamento, 39% consultam sites que comparam preços e 39% fazem "compras de mês".
NOTÍCIAS RELACIONADAS
Refrigerante e cerveja são bebidas consumidas com maior freqüência, aponta pesquisa
Cencosud quer triplicar faturamento de linha de marca própria
Consumidor pesquisa e troca marcas para pagar menos na cesta básica
Mais de 50% dos brasileiros preferem marcas preocupadas com o meio ambiente
Empresas mudam processos para economizar água
De acordo com o estudo, 39% dos brasileiros voltaram a estocar itens na dispensa e a frequência de compras está diminuindo. "O consumidor não quer mais testar novos produtos, pois o dinheiro está curto. Ele prefere marcas tradicionais e, para continuar a consumi-las, vai pesquisar mais e negociar a melhor condição de pagamento", diz Bob Vieira da Costa, diretor-­presidente da Nova/sb.
Outro levantamento, da Euromonitor, Euromonitor também aponta essa tendência de retomada de hábitos da época da inflação alta, como uma grande compra uma vez por mês, em vez de visitas semanais ao supermercado da vizinhança O consumidor está disposto também a ir mais longe por um bom desconto. A maior parte dos entrevistados pretende aumentar o consumo em atacados, lojas na internet, direto da fábrica e hipermercados ­ em ordem decrescente ­neste ano. E afirmam que as compras em shoppings, pequenos mercados e supermercados tendem a diminuir.
Apesar de querer economizar, o esforço é para não abrir mão da qualidade. Para 56% dos entrevistados, o objetivo é equilibrar o menor preço com a marca habitual. O foco de 51% é conseguir o valor mais baixo pelo produto que costuma adquirir, enquanto 26% privilegiam a etiqueta mais barata. "Os consumidores puxaram o freio conforme o medo do desemprego fica cada vez mais real, e a dívida adquirida nos anos de crescimento surge no horizonte.
A expectativa de demanda mais suave nos próximos anos vai exigir novas estratégias das companhias de consumo no Brasil", diz o relatório da Euromonitor. Se a tendência de compras mensais se provar relevante, a consultoria aponta como saída para o varejo as embalagens com mais unidades e preço promocional, ­os chamados pacotes "família".
Por Redação SM

5 erros de sortimento

Confira os equívocos que impedem o supermercado de ter um mix capaz de gerar mais vendas e lucratividade
1 - Excesso de itens me too (similares) que canibalizam as vendas

02-Medo de cortar itens, mesmo quando eles têm baixa participação nas vendas
3- Lentidão na inclusão de lançamentos, deixando de aproveitar o interesse do cliente gerado pelos investimentos da indústria em campanha publicitária
4- Olhar só para os dados de vendas da empresa, ignorando o que acontece fora da loja
5- Ignorar as necessidades latentes do consumidor – aquelas que os dados de vendas não revelam, pois o produto é comprado em outros canais de venda
Por Redação SM

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Como preparar um bom gerente

Essencial para o sucesso do negócio, o gerente merece bem mais investimentos em sua formação. Saiba como cada parte do corpo desse profissional influencia a eficiência de seu trabalho. E conheça o caso da rede Asun que tem um processo de treinamento exemplar
NOTÍCIAS RELACIONADAS
Qual a função de um gerente de Recursos Humanos?
Qual o salário médio para os gerentes de supermercado na região Sul do País?
Quais são as atribuições de um gerente de loja?
Se há uma coisa que ninguém tem dúvida é sobre a importância do gerente de loja nos resultados do negócio. É na execução do dia a dia que o consumidor enxerga as virtudes e os tropeços do supermercado. É na limpeza e organização da unidade, na qualidade dos produtos e sua disponibilidade nas prateleiras, na exposição adequada e no bom atendimento que se constrói ou destrói toda uma estratégia. "Um gerente acomodado, desatento ou mal preparado leva sua unidade a um desempenho ruim, prejudicando os resultados finais da empresa", reforça Newton Júnior, consultor do Instituto Áquila, empresa que oferece soluções e treinamentos de gestão ao varejo.O especialista afirma que o gerente não é um robô cumpridor de tarefas, mas um profissional que deve usar sua criatividade e iniciativa para tomar decisões certeiras e rápidas. Ele tem de reunir um conjunto de habilidades intelectuais e emocionais que devem ser buscadas no recrutamento e seleção do profissional, por meio de testes psicológicos e outras ferramentas. Mas isso não é tudo. Formar, treinar, orientar e dar feedbacks frequentes também é essencial. Newton Júnior identifica três grandes pilares para conduzir o treinamento do profissional. O primeiro é conhecimento técnico, que envolve as questões da loja, como a reposição de produtos, os processos inerentes ao açougue, padaria, depósito, etc. O segundo pilar diz respeito ao treinamento de liderança. O gerente deve saber orientar sua equipe, acompanhá-la e motivá-la. E tem de saber lidar com as diferenças de perfil para extrair de cada funcionário o melhor de suas habilidades. Já o terceiro pilar é o treinamento em gestão, para preparar o profissional a produzir e interpretar as informações da loja. É exatamente isso o que faz a rede Asun, com 19 lojas no Rio Grande do Sul. Há 15 anos, a empresa criou um programa de formação de gerentes, que envolve profissionais de fora e funcionários da casa que mais se destacam em suas funções. A cada ano, em média cinco novos gerentes são formados como "trainee", denominação dada aos participantes que completam o programa.
» Cérebro
Um dos alvos de um bom treinamento é estimular o funcionário a desenvolver raciocínio lógico e aptidões capazes de garantir um bom manejo de indicadores essenciais para o sucesso do negócio: números de vendas, margem, índices de ruptura e de perdas
» Olhos
Treinar o "olhar" também é importante. Um bom gerente não pode se deter no genérico. Precisa enxergar o detalhe para identificar rapidamente o que deve ser corrigido
» Coração
O equilíbrio emocional também deve ser estimulado. O gerente precisa contar com suporte para lidar com a carga pesada de trabalho, marcada por inúmeras obrigações e pressões de todos os lados. O gerente costuma ser o 'saco de pancadas' e isso deve ser evitado
No treinamento de seis meses, os candidatos passam por todas as áreas do supermercado: matriz, frente de caixa, recebimento e departamentos mais complicados, como mercearia, hortifrútis e resfriados. "Os funcionários da casa recebem o mesmo treinamento, porém durante apenas três meses, pois já conhecem vários processos", comenta Jurandir dos Santos, supervisor-geral das lojas da rede e responsável pelo programa.
Durante todo o tempo, o trainee tem o acompanhamento do gerente titular da loja. Finalizado o processo, ele fica como subgerente, e, na prática, cada loja do Asun passa a ter dois responsáveis. Assim, o risco de erros diminui significativamente.
Essa política tem contribuído para os bons resultados da empresa. De 2007 a 2012, o Asun dobrou sua receita e, segundo o ranking de SM, foi a rede da região Sul que teve maior crescimento real no faturamento em 2012, cerca de 27%. O bom desempenho também já valeu à empresa premiações
da Associação Gaúcha de Supermercados nos últimos três anos. “O papel dos gerentes no crescimento das vendas é evidente, pois dele partem as iniciativas capazes de atrair e fidelizar os clientes”, explica Santos. Mas o dado mais impressionante é o turnover entre os gerentes – próximo de zero, enquanto nos outros cargos chega a 9% ao mês. Em tempos de mão de obra volátil e lojas instáveis, os ganhos do Asun mostram que treinar gerentes de loja não é um custo, mas um bom investimento.
» Ouvidos
Ouvir, ouvir e ouvir. Esse é um dos sentidos que precisam ser trabalhados com intensidade. Gerente que não ouve a equipe e o shopper não é capaz de propor soluções para problemas, pontos de melhoria e novos processos e serviços
» Boca
Como líder, o gerente tem de ter uma boa capacidade de comunicação. Seja para expressar claramente o que deseja (muitas vezes as ordens não são cumpridas por não serem bem formuladas), seja para motivar os funcionários. A boa comunicação também é essencial no trato com o cliente
» Mãos
"Colocar a mão na massa" se aplica bem ao gerente de loja. Mesmo supervisionando e orientando bem sua equipe, ele não pode deixar de ajustar uma exposição, retirar produtos vencidos da prateleira, ajudar no atendimento em dias de muito movimento. Ele deve ajudar e dar o exemplo
» Pernas
Gerente preguiçoso e sem disposição não tem futuro. O profissional precisa ser orientado sobre a necessidade de passear pela loja várias vezes ao dia – do caixa aos bastidores –, para controlar a operação e agir quando necessário

Esforço contra turnover

Com uma mineradora na cidade, que ‘rouba’ funcionários, a rede Santo Antonio tomou várias atitudes para diminuir o turnover. Embora ainda esteja em 3,8%, a situação já foi mais grave. A rede conta com 1.800 profissionais
Guarapari, no Espírito Santo, não é uma cidade fácil para os supermercados. A mineradora local vive atraindo funcionários e elevando a rotatividade da mão de obra à estratosfera. Mas o Supermercado Santo Antonio, seis lojas na cidade e uma na vizinha Anchieta, está reduzindo o problema com várias iniciativas.
1ª ) Criação de um clube para os funcionários e seus familiares – Clube Abessa - Associação Beneficente do Supermercados Santo Antonio – que tem parque aquático, escolinha de futebol e realiza eventos durante todo o ano: Festival do Caldo, Festa Junina, Churrasco de Aniversário, Festa das Crianças, Festa de Fim de Ano e Torneio Interno de Futebol.
Os eventos são trimestrais e duram todo o dia, com alimentação gratuita e sorteios de prêmios. Cada encontro reúne de 800 a 2.000 pessoas. "Isso ajuda a reter e a motivar a equipe", explica Eduardo Luiz Poton, gerente de marketing. Os funcionários são sócios, pagam uma taxa simbólica de R$ 8,00 por família, e podem usar o salão de festas gratuitamente para qualquer comemoração como casamento ou festa. O clube tem ainda convênio com cursos de inglês, faculdades e farmácias.
2ª) Investimentos frequentes em treinamento e coaching. "Os funcionários aprendem dentro da empresa e veem o trabalho como o caminho para seguir na vida profissional e pessoal", diz o proprietário Jorge Zouain. “Tenho funcionários com 40 anos de casa”, acrescenta, com orgulho.
3ª) Programa de metas para ajudar no desenvolvimento do funcionário. Se o departamento de bebidas bate a meta, por exemplo, os repositores ganham um percentual sobre o prêmio. E se loja bate a meta, ele volta a ganhar. As metas incluem vendas, redução de perdas e de produtos vencidos, preço, índice de reposição
. Por Lana de Paula - 18/05/2015

7 erros que podem ser evitados no varejo

"É neste momento em que ocorrem erros graves, que geram prejuízo para as marcas, e que poderiam ser evitados", afirma especialista

Redação, www.administradores.com, 
iStock
Gerenciar estoques, controlar a fabricação de produtos, liberar caminhões, traçar rotas, incluir lojistas e distribuidores em sua rede de vendas. Todas essas ações fazem parte do dia a dia das empresas, que precisam controlar todo o caminho de seus produtos até os pontos de venda.

“Uma vez nas prateleiras, os produtos estão à disposição do consumidor e passa a gerar receita de vendas”, diz Rogério Lima, diretor de marketing da IPDV, empresa de tecnologia para gestão das marcas no ponto de venda. “É neste momento em que ocorrem erros graves, que geram prejuízo para as marcas, e que poderiam ser evitados – principalmente em tempos de crise, onde cada venda não revertida conta muito”.

Confira os 7 erros mais comuns cometidos no varejo:

1) Estoque virtual

O sistema diz que tem uma determinada quantidade de produtos no estoque da loja, quando na verdade tem menos. Essa falha de atualização de informação no estoque gera a falta de reposição de produtos. A grave consequência: falta do produto no ponto de venda. “É simples: o consumidor que não encontra, não compra”, diz Rogerio. “Vai escolher outra marca, vai desistir e pode desvincular um interesse perene naquele produto só por ele ter faltado uma vez, já que a oferta é grande”.

2) Preços errados

Muitas vezes, uma promoção relâmpago – que só acontece em um fim de semana, por exemplo – termina na 2ª feira, mas os representantes de vendas não atualizam o preço, que permanece abaixo do padrão. Com isso, o produto acaba rapidamente e a industria não tem tempo hábil de repor as prateleiras, chegando novamente, na grave consequencia da falta do produto.

3) Falta de cumprimento de roteiro

Os representantes de vendas são profissionais que vivem em trânsito, de loja em loja, com roteiros previamente estabelecidos e que precisam ser cumpridos. Esses vendedores, quando não são controlados via sistemas de check-in, por exemplo, podem deixar de comparecer a alguns pontos de venda estratégicos para as marcas. “Os promotores negociam espaços, checam o merchandising, verificam estoque, apresentação, entre outras funções”, explica Rogério. “Essas visitas são fundamentais para as marcas que, ao não terem esse processo feito corretamente, perdem espaços em pontos de venda chave”.

4) Implementação ruim de material no PDV

A forma como um produto e suas propagandas são colocadas no PDV pode ser determinante para o sucesso das vendas. É preciso ter informação nas mãos dos promotores que saberão quais são as melhores zonas de cada loja, e portanto, colocarão os produtos nas prateleiras da melhor forma possível. “Quando essas informações não chegam ao promotor, ele fará a disposição do material sem critérios pré-definidos e portanto coloca em risco a eficácia da exposição”,diz Rogério.
Que tal participar de 12 workshops online por ano?
Torne-se um Administrador Premium

5) Apresentação desatualizada do produto para o varejista

A relação da marca com o varejista precisa ser constantemente renovada, sempre colocando a loja a par das novidades e dos produtos das marcas. Essa apresentação é feita pelos representantes de vendas, que precisam ter em mãos materiais atualizados. “Se um vendedor vai mostrar os produtos para o varejista e possui materiais ultrapassados, ele não conquista o PDV e não mostra a vantagem que o varejista vai ter em obter os seus produtos”, conta Rogério. “O ideal, é ter catálogos digitais, em dispositivos móveis, de fácil e instantânea atualização”. Esse erro gera falta de exposição do produto no PDV.

6) Falta de controle do merchandising

De nada adianta fazer merchandising no ponto de venda se não controlar a efetividade das ações. “É um investimento alto que a marca faz no PDV para não saber se foi feito corretamente, no tempo combinado, e principalmente, se deu resultado”. Sem saber se o investimento valeu a pena, o investimento foi jogado fora.

7) Informações erradas de sell-out

Quantos produtos foram vendidos, em quanto tempo, preços a que foram vendidos. Todas essas informações do sell-out (ou seja, das vendas), são fundamentais para reposição de estoque e precificação correta. Um erro facilmente corrigido com uma coleta organizada de informações do PDV. A ocorrência desse problema gera falta de produto na loja.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

As 50 marcas de consumo mais escolhidas pelos brasileiros

Ranking aponta as marcas mais escolhidas pelos consumidores, avalia a penetração dessas dentro do lar e sua frequência de compra.
Author image
por O Negócio do Varejo em 13/05/15 com 0 comentários
postado em Conteúdo do Mercado Notícias com as tags brand, comércio, consumo, índice, Kantar Worldpanel, marca, ranking, varejo
Facebook Twitter Pinterest Instagram Linkedin
ONDV_Foto_Notícias_0515_Carrinho_Compras
A Kantar Worldpanel acaba de divulgar a terceira edição do ranking das 50 marcas mais escolhidas pelos brasileiros. A pesquisa tem como objetivo medir com precisão o verdadeiro alcance destas marcas e quantas vezes os consumidores escolheram cada item no momento da compra. A análise também foi realizada em mais 34 países e a divulgação do ranking global será feita na próxima quinta-feira, dia 14.
Segundo Marcos Calliari, Managing Director da Kantar Worldpanel, o ranking Brand Footprint deste ano destacou as marcas que souberam trabalhar praticidade, inovação e valor agregado dos produtos em um ano de muitas incertezas de mercado. “As marcas que cresceram no ranking de 2014 tiveram principalmente aumento de penetração e conseguiram, ao contrário da tendência geral, manter sua frequência de compra estável ou mesmo com crescimento, tornando-se relevante para os consumidores”.
Desenvolvida pela Kantar Worldpanel, o índice CRP – Consumer Reach Points – é uma métrica que aponta as marcas mais escolhidas pelos consumidores e que avalia a penetração dessas dentro do lar e sua frequência de compra. É utilizado para balizar as ações das marcas e fabricantes junto aos seus consumidores, fornecendo uma visão do alcance nos domicílios.
Para estar presente no ranking, o estudo aponta que a empresa precisa ter uma fórmula de sucesso que integra oferta, inovação e disponibilidade ao alcance do consumidor. Além disso, uma comunicação efetiva é uma das principais características em comum entre as marcas.
Atualmente, o crescimento dos produtos não só demanda expandir a base de consumidores, como também fazer com que aqueles que compraram continuem a adquiri-las, ou seja, torná-los mais leais.
O levantamento mostra que a Coca-Cola é, pelo terceiro ano consecutivo, a marca mais escolhida no Brasil com um total de 568 milhões de CRP´s, tendo uma penetração de 88,9% e uma frequência de compra de 12,6 vezes no ano.
Colgate é a marca mais escolhida no segmento de higiene pessoal e beleza, Ypê foi a líder no segmento homecare e a Qualy lidera a categoria de alimentos.
Entre as 50 marcas mais escolhidas pelo brasileiro, foi possível identificar que 33 aumentaram em CRP quando comparado com o ano anterior, sendo as principais: Panco, Lisa, Marilan, Toddy, Limpol, Sazón, Tang, Rexona, Maratá e Camponesa.
Já 38 registraram aumento em penetração nos lares, entre elas estão: Piracanjuba, Liza, Toddy, Limpol, Skol, Bombril, Miojo, Lacta, Marilan e Helman’s. Apenas 13 marcas tiveram aumento na frequência: Panco, Marilan, Tang, Sazón, Liza, Rexona, Colgate, Italac, Limpol e Maratá.
Segundo o levantamento, dentre as marcas do ranking, 33 delas são brasileiras, onde 81% cresceu em penetração e 30% em frequência. As outras 17 são globais, com crescimento de 64% em penetração e 17% em frequência.
Confira o Ranking Global das 50 marcas escolhidas: