Eles são comandados em sua maior parte por gestões familiares, possuem no máximo quatro caixas de atendimento, vendem um pouco de tudo em suas prateleiras e se espalham por diversas regiões do país.
Os minimercados, conhecidos também como mercadinhos de vizinhança, cresceram 62,5% nos últimos cinco anos e já somam 390 mil lojas no Brasil, segundo estudo do Sebrae, que mapeou como a mudança de hábito de consumo tem impactado nesse segmento do varejo.
Com menos tempo disponível para passar horas fazendo as compras do mês, o consumidor passou a buscar comodidade, proximidade e praticidade na hora de abastecer a sua casa. Entre os Estados que lideram a abertura desse modelo de comércio estão São Paulo, Minas, Bahia, Ceará e Rio Grande do Sul.
“Nas regiões metropolitanas, os mercadinhos crescem impulsionados por questões relacionadas à mobilidade. No Norte e no Nordeste, em razão da melhoria na renda de consumidores, principalmente nas classes C e D”, afirma Luiz Barretto, presidente do Sebrae nacional.
Com a inflação em patamares menores, com a necessidade de estocar menos produtos e com o maior nivelamento de preços entre o grande e o pequeno varejo, os mercadinhos se favoreceram na hora de disputar clientes.
Em 2001, eles tinham 30% de participação no varejo. Dez anos depois, eram quase 35%. Na contramão, os grandes (com 20 caixas ou mais) perderam espaço – passaram de 36,1% para 22,5%.
SOB MEDIDA
“Se o consumidor tem menos tempo e maior necessidade de encontrar tudo perto de casa ou do trabalho, é assim que vou trabalhar. Foi o que pensei ao abrir meu negócio há 20 anos”, diz a design de interiores Adriana Chalita, 47, dona do Mel e Pimenta, mercadinho na Bela Vista, bairro no centro de São Paulo.
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